quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Um daqueles

Não há nada de novo sob o sol
O progresso está vestido de retrocesso
Seus olhos observam bares e bordéis
(cardápio?
eles, comida
uns, amor
ninguém se saciava)
Ele deu um passo à frente: deixou algumas coisas para trás.
Mas é assim que todo passo acontece, não?
...
Quando se deu conta, o bar fechou.
Encostou o dedo nos lábios: queria um gole, mas já não era tempo.
Pagou a conta, ajustou o relógio, abotoou o terno. Jogou fora o cigarro como qualquer bom cidadão.
Levantou-se e foi embora.

Cadê toda aquela sensibilidade?
No caminho de volta para casa viu que era igual a qualquer um.


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